A partir de 2022, o Ensino Médio será reformulado, de forma gradual, por todo o país. Ano que vem, a organização da estrutura curricular se tornará mais flexível e os estudantes poderão fazer escolhas com liberdade e protagonismo.
O novo currículo do Ensino Médio é organizado por áreas de conhecimento, não mais por matérias. Assim, a divisão é feita em dois grandes eixos: Formação Geral Básica, obrigatória para todos os estudantes, e Itinerários Formativos, nos quais os alunos e alunas poderão escolher cursos a trilhar. É responsabilidade individual das escolas decidir quais habilidades e competências irão para cada grande eixo.
Os Itinerários Formativos são organizados por áreas de conhecimento: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e Itinerários Integradores, que abrangem mais de uma área.
A partir da nova estrutura, os alunos e alunas poderão, desde o 1ºano de Ensino Médio, personalizar sua formação de acordo com afinidades e objetivos. Isso significa que a decisão do projeto de vida não será mais centralizada no fim do Terceirão, e sim durante todo o percurso de Ensino Médio.
No Ensino Médio da Escola Autonomia, por exemplo, a ideia é a seguinte: a partir da oferta de 14 cursos dentro de diferentes itinerários, o estudante opta por inscrever-se em sete. Nestas aulas, ele trabalhará com laboratórios, ateliês e projetos que têm como pano de fundo conceitos importantes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, ele estará aprendendo tudo que o Ministério da Educação demanda, mas de forma mais atraente, arejada e conceitualmente sólida.
João Marcos Joaquim, coordenador do Ensino Médio do Autonomia, explica: "Oferecemos uma trilha pedagógica, um caminho alternativo. O aluno pode experimentar, fazer conexões, migrar entre cursos e protagonizar as próprias escolhas, percebendo o que é mais importante para ele — e contando com a orientação personalizada da escola."
Os cursos da escola estão em fase de discussão com o corpo docente, além da leitura analítica da BNCC. Entretanto, o Autonomia já sai em vantagem: desde 1991, a instituição trabalha com projetos multidisciplinares, semelhantes ao conceito dos Itinerários. A proposta, agora, é aproveitar a experiência de uma escola cuja pedagogia é apoiada em projetos para construir o novo currículo. Formação funcional para a vida, cursos com estudantes de todas turmas, workshops compartilhados entre escolas de diferentes estados… Estas são algumas das possibilidades do Novo Ensino Médio Autonomia.
João Marcos Joaquim (Coordenador/Ensino Médio)